Conteúdos Associados (Direct)

terça-feira, 3 de outubro de 2017


Origem: Oscar Sarquis. Arquitetura Empresarial e Ecossistemas de Negócio Baseados em Plataformas Digitais (3). Resenha Startup 2017.

Após discutirmos sobre os principais elementos constituintes dos Ecossistemas de Negócios Digitais, apresentaremos agora os mecanismos chaves de inserção das empresas nesse tipo de organização econômica. Há quatro movimentos que direcionam a participação das empresas nos EN: conectividade crescente, iniciativas provenientes de big data e analytics, a necessidade de colaboração e open innovation, novas formas de trocas de valor, e a multiplicação de alternativas de modelos de negócio baseados em plataformas.

Em relação à conectividade crescente, observamos que o número de conexões entre pessoas, organizações e coisas está crescendo quase exponencialmente. Todas as organizações têm possibilidades quase ilimitadas de integração com redes de consumidores, parceiros e coisas. Há limites importantes no que diz respeito à largura de banda e infraestrutura de armazenamento.

Sobre os potenciais ganhos em relação ao uso intensivo e qualificado de informação via big data e analytics, salientamos que as organizações dispõem de formas alternativas de acessar, processar e atualizar grande quantidade de informação. Analytics trouxe-nos novos insights dentro da complexidade dos padrões atuais, revelando novos padrões, tornando possível a criação e manutenção de ecossistemas complexos de negócios, qualificando as múltiplas interações que se fazem necessárias nesse tipo de abordagem. Vale salientar que essa capacidade transformou as informações organizacionais no seu mais importante ativo.

Outro direcionador importante diz respeito às questões relativas ao padrão de inovação aberta (open innovation). Problemas complexos demandam respostas colaborativas, seja pela criação de novos serviços, seja pela resolução de problemas emergentes, a exemplo da logística de transporte das grandes metrópoles, ou a inclusão social digital. A resolução desses grandes desafios não pode ser realizada a partir da atuação estanque de empresas, seja pela limitação de recursos, seja pelo alcance de tais problemas e serviços. O que nos é requerido é a colaboração entre atores com capacidades complementares que quando combinadas criam novas soluções inovativas.

Crescentemente, moeda tornou-se somente uma forma de muitas possíveis para a troca de valor. Hoje, reputação, informação, serviços, processos e trocas não monetárias são partes valiosas da economia dos ecossistemas digitais. Por exemplo, plataformas multifacetadas necessitam dessa diversidade de tipos de troca de valor. Para modelos de negócio baseados nesse tipo de estrutura, o gratuito não é algo promocional e temporário.

Esses são os direcionadores da participação das empresas em ecossistemas de negócios digitais. Mas como se correlacionam com os componentes tecnológicos discutidos anteriormente? Esse será o assunto do próximo artigo da série.

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