Conteúdos Associados (Direct)

quarta-feira, 28 de março de 2018



Práticas Lean em Serviços de TI

As organizações podem usar os princípios Lean para ajudá-las a aumentar a produtividade, acelerar o tempo de processamento de pedidos, melhorar a qualidade das entregas e processos, reduzir os tempos de ciclo de desenvolvimento de serviços e ajustar operações. Lean, juntamente com outras disciplinas-chave, como Design Thinking e Ágil devem fazer parte de um portfólio de habilidades que ajudam organizações a entregarem serviços de TI de forma altamente eficaz e responsiva. Usar o pensamento Lean pode ajudar a gestão de operação e líderes em inovação tecnológica a alavancarem e impulsionarem resultados bem-sucedidos para suas operações e, por conseguinte, para o negócio que apoiam.

TI Lean é a extensão dos princípios da manufatura Lean e do serviço Lean para o desenvolvimento e gerenciamento de produtos e serviços de TI. Os principais princípios de Lean giram em torno do realização de valor de negócio para os clientes.

Apresentaremos agora nosso arcabouço de análise. O diagrama a seguir é uma representação visual dos principais pilares que as organizações enxutas usam para a expressão do pensamento Lean. O Respeito pelas Pessoas e a Melhoria Contínua representam juntos o cerne dessa filosofia, desde que se reflitam em comportamentos e atividades cotidianas. Intuitivamente organizações focam na melhoria contínua, mas o Respeito pelas Pessoas também é um exigência subjacente no âmbito da cultura Lean.


Os líderes de TI devem, deliberadamente, selecionar os métodos e ferramentas que irão construir a cultura Lean por meio de pequenas vitórias, principalmente pelo incremento do envolvimento da equipe de suporte com os desafios encaminhados pelo negócio. A adoção deve ser feita de maneira gradativa. Conceitos e técnicas de TI Lean podem ser instrumento na condução de melhorias incrementais e radicais na cadeia de valor da TI.

A gestão de serviços, quando combinada com os principais pilares do Lean conforme descrito no diagrama anterior, incentivam as equipes a um melhor envolvimento com as partes interessadas, principalmente clientes, a melhorar o seu vocabulário de negócios, maximizar o tempo gasto para trabalhar nas questões de maior prioridade e abordar as principais preocupações da gestão da empresa.

O diagrama que abre o artigo descreve muitos dos desafios que os líderes de TI enfrentam. Esses desafios podem ser resolvidos alavancando técnicas Lean para abordar muitas das mudanças na implementação e entrega de serviços. 

domingo, 25 de março de 2018


Preparando um Scorecard de Aplicações para Nuvem.


Origem: Oscar Sarquis. Preparando um Scorecard de Aplicações para Nuvem. Resenha Startup 2018.

A princípio deve-se identificar os componentes do aplicativo que exigem atenção. Essa análise requer a avaliação nos seguintes domínios: arquitetura de aplicação, código da aplicação, pontos de integração, persistência de dados, e o processo de gerenciamento do ciclo de vida da aplicação. Cada um dos domínios deverá ser avaliado segundo os critérios de acoplagem e complexidade.

Alertamos que esses critérios são os principais inibidores que interferem na capacidade de alteração do seu aplicativo. Acoplamento pode ser visto como o número de interdependências dentro e fora de sua aplicação. Por exemplo, a partir de uma perspectiva de código, se examinaria como os blocos interagem entre si, o gráfico de chamadas (diagramas de sequência), incluindo como os métodos, classes e funções interoperam. Um script ou bloco de código que depende de outros blocos de código e vice-versa é considerado acoplado.

Consideremos agora a complexidade da arquitetura e do código. Componentes de aplicação que são fortemente acoplados e altamente dependentes de especificações do software e hardware subjacentes levam à complexidade. Essa complexidade limita as opções no que se refere à implantação, execução e hospedagem ao demandar plataformas nativas na nuvem. É importante implementar abstrações e o encapsulamento dessas dependências subjacentes e manter os componentes do aplicativo integrados pra modificação conjunta.

A avaliação do aplicativo revelará o quão acoplada/interdependente e complexa é a arquitetura, o código e os processos que ele suporta, além de permitir determinar a capacidade geral de alteração de cada um desses domínios em seu aplicativo.  Dependendo dos vários graus de mutabilidade, pode-se escolher diferentes estratégias para diferentes partes do seu código. A capacidade de mudança está vinculada diretamente aos objetivos de negócios. Se o aplicativo for mutável o suficiente para entrar em uma plataforma de nuvem e atender aos objetivos de negócio, a refatoração simples poderá ser suficiente.

Se a capacidade de modificação for baixa, provavelmente não haverá escolha a não ser reconstruir todo o aplicativo. Essas decisões podem ser tomadas a partir de domínios individuais.  Pode-se por exemplo refatorar e reconstruir domínios individuais, respectivamente, se sua capacidade de alteração for alta do ponto de vista do código do aplicativo e baixa do ponto de vista de persistência de dados.


Nos próximos artigos trataremos da avaliação individual dos domínios para cada componente relevante.