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domingo, 17 de setembro de 2017

Origem: Obrigado pelo Atraso: um guia otimista para sobreviver em um munto cada vez mais veloz. Thomas L. Friedman. Objetiva. 2017.

Voltando a resenhar. Sinto-me um tanto ansioso por discorrer sobre mais uma obra de peso do grande jornalista e colunista do New York Times Thomas Friedman. Já havia lido outras de suas obras, a mais recente sobre um mundo cada vez mais Quente, Plano e Lotado. Friedman dessa vez me deixou desnorteado.

Cientistas, até por força do método, costumam basear suas obras, sua construção e conclusões, em uma metodologia clara e objetiva. Isso lhes dá força argumentativa e peso científico. Pois bem, e se agora, antes de escrever, de opinar, os autores resolvessem explicar sua metodologia, ensinar como articularam toda a sua obra, em suma, "mostrar o caminho das pedras"? Foi isso que Friedman fez nesse livro.

Parte do pressuposto de que as três maiores forças do planeta - a tecnologia, a globalização e a mudança climática estão acelerando ao mesmo tempo, e essa é sua hipótese inicial. Para um colunista, argumenta, é necessário que direcione sua visão sobre esses mecanismos tomando por base seus valores, prioridades e aspirações. Não é, nem poderia ser, uma visão de todo objetiva, justamente pelo seu cunho opinativo.

Na visão do resenhista, isso não restringe o valor explicativo de sua obra, justamente por evidenciar seus referenciais.

Outra ênfase do autor chama-nos atenção e, talvez, seja sua maior força. Toda a análise se baseia sobre a maneira como as referidas engrenagens afetam as pessoas, a sociedade, pois afinal é sobre esse enfoque que tudo deve ser tratado; mais ainda, como as pessoas afetam essas engrenagens.

"Em última instância, colunas são sobre gente, as coisas malucas que as pessoas dizem, fazem, odeiam e pelas quais anseiam."

Ainda sobre a abordagem do autor, complementa que "a única forma admissível de pensarmos sobre os problemas do mundo de hoje", multidimensional e extremamente complexo, "consiste em pensar sem caixa alguma", nem dentro nem fora da caixa, de forma radicalmente inclusiva.

Sobre a defesa de sua hipótese chave, falarei mais adiante.



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