Origem: Oscar Sarquis. Arquitetura Empresarial e Ecossistemas de Negócio Baseados em Plataformas Digitais (2). Resenha Startup 2017.
Retornemos à discussão sobre Ecossistemas de Negócios - EN digitais. Finalizamos o último artigo
sobre o assunto afirmando que quando se pensa em Ecossistemas de Negócio, faz-se
associação direta com plataformas multifacetadas. De alguma forma, essa
relação restringe o conceito, senão vejamos. Inicialmente apresentaremos os
principais componentes dos EN.
Como habilitadores dos Ecossistemas de Negócios incluiremos
as plataformas digitais. De forma
geral, são frameworks orientados para
o negócio, que permitem que uma comunidade de parceiros fornecedores e
consumidores compartilhem e desenvolvam processos digitais e capacidades, ou as
estendam para o benefício do negócio. Esse framework
permite uma combinação de modelos de negócio, liderança e talento, bem como a infraestrutura de TI que
potencializará os negócios digitais. A idéia dessas plataformas, nas palavras
de Richard Schmalensee, é reduzir as fricções de mercado que os economistas
chamam de custos de transação.
Outro elemento constituinte dos EN, e cuja função é
potencializar o uso das plataformas digitais chama-se economia de API. Constituem-se em um conjunto de modelos e canais,
baseado em acesso seguro de funcionalidades e troca de dados com um ecossistema
de desenvolvedores e usuários de aplicações (micro aplicações) por eles
desenvolvidas, funcionalidades essas utilizadas por meio de API (Application
Programming Interface) com acesso a recursos internos ou via internet com
parceiros de negócio e clientes.
Um terceiro elementos merece destaque, pois facilita o
fluxo de informações entre parceiros - tratam-se de eventos. Representam uma mudança ou alteração de medição de um
estado monitorado. Produtores de eventos detectam essas alterações e as
publicam em um canal de comunicação, a exemplo de filas de mensagem, armazéns
de dados de uso comum e objetos "in-memory". A natureza da percepção
sobre esses estados pode ser profundamente influenciada pela computação
cognitiva.
Por fim, há o que se chama de economia programável. Caracteriza-se pela agregação em escala global
de algoritmos e organizações autônomas descentralizadas, habilitadas por
plataformas metacoins entendidas como
infraestruturas de tecnologia que permitem a utilização de moedas digitais, em
transações com ativos digitais.
Em seguida discutiremos insights sobre os mecanismos chaves
que permitem às organizações participarem de Ecossistemas de Negócios.
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