Fadiga de Zoom
Muito tem-se falado sobre a
exposição excessiva das pessoas aos eventos on-line, denominado de “Fadiga de
Zoom” ou no linguajar do Google “Meeting Fadigue”. Em geral, seja
pela necessidade do trabalho ou pelas aulas intermináveis às quais os estudantes
têm sido submetidos, esse fenômeno criou mais uma fonte de estresse nesses
tempos de pandemia. O certo é que há estudos importantes relacionados ao assunto,
como o que foi empreendido pela universidade de Stanford nos Estados Unidos e
publicado no final de março de 2021.
Há conclusões interessantes desse
estudo. A auto exposição à própria imagem parece incomodar bastante. De forma
geral, todas as ferramentas expõem a nossa imagem no mesmo nível que os demais
participantes do encontro virtual. Como os demais estão me percebendo tão de
perto? Há até aqueles sinais de expressão que podem ser analisados e que
expõem a nossa natureza, as vezes diferente do que gostaríamos de expor. Com o
dia a dia a gente fica mais desleixado, no fim das contas nem mais o cabelo penteamos.
Isso incomoda muito segundo o estudo.
Outra questão tratada pelo estudo
de Stanford diz respeito à monotonia da interface, sempre a mesma, as vezes com
os mesmos personagens, todos os dias. É como se diariamente estivéssemos confinados
em uma sala, a mesma sala todos os dias, com os mesmos personagens, e durante quase
toda a jornada de trabalho. Cansa só de pensar, não é?
Você acha que esse assunto
somente diz respeito aos nossos pares dos países considerados desenvolvidos? Um
novo estudo, liderado pela pesquisadora brasileira Anna Carolina Queiroz, dessa
vez voltado para o Brasil, submeteu um questionário a 633 brasileiros de uma universidade
paulista e funcionários de uma empresa da área financeira. No final
constatou-se que 18,32% dos participantes atingiram o nível máximo de fadiga. O
estudo mostrou que o fenômeno atinge as mulheres de forma massiva.
Nos Estados Unidos, algumas
empresas, como a Microsoft, Google e Zoom já empreenderam modificações em suas ferramentas
para tentar diminuir o problema. O Google Meet, por exemplo, reduziu o tamanho
visível da autoimagem. Tornou dinâmico também o ambiente virtual do encontro,
seja alterando o layout da interface ou criando temas visuais mais adequados para
cada tipo de reunião.
Eis aqui uma boa oportunidade
para as startups.
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