Conteúdos Associados (Direct)

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Origem: Digital Bank: strategies to launch or become a digital bank. Chris Skinner. Marshall Cavendish Business. Singapure, 2014. (Tradução do Portal).

Palestramos em junho desse ano  no CIAB/FEBRABAN, o maior encontro de tecnologia bancária da américa latina. Naquela oportunidade os maiores bancos do pais discutiram sobre a transformação digital no setor bancário em seus múltiplos aspectos. Retornei ao assunto recentemente numa releitura crítica do livro do Chris Skinner, uma abordagem que ainda considero atual, apesar da imensa ameaça que paira sobre os bancos convencionais oriunda de tecnologias disruptivas, a exemplo dos blockchains.

Nos bancos, os negócios digitais implicam em uma completa modificação na forma de relacionamento e entrega de valor com os novos clientes, considerados nas palavras de Marc Prensky como nativos digitais. Para aqueles bancos engajados com essa visão de futuro, o livro fornece um plano para cumprir a jornada de reconstrução de produtos e serviços, processos e estruturas em direção a essa nova realidade, ilustrando o caminho com estudos de casos, conhecimentos e fatos reais.

"Os nativos digitais não pensam sobre agências, call centers, uso de internet como estruturas separadas. Pensam em tudo isso como aspectos integrados de suas vidas. Para eles, os bancos devem possuir somente um canal digital." Deve-se então inverter a lógica que organiza o modelo de negócios atual, em que perduram as estruturas físicas e canais múltiplos de distribuição de produtos e serviços, e sobre elas uma camada digitalizada.

Nos bancos digitais, todas as suas capacidades essenciais como fabricante de produtos, processador de transações e varejista de serviços deverão ser empacotadas como estruturas digitais em que produtos serão Apps, processos serão APIs e o varejo será inteiramente contextual, entregues através de internet móvel. Em relação a esse último aspecto, dar uma resposta contextualizada a uma necessidade de cliente, num nível altíssimo de customização requer a análise de hexabytes de dados de clientes em algum nível de computação cognitiva.


Por fim, o que restaria sobre o papel fundamental das agências bancárias, caracterizadas pelo autor como centros de transações? Passariam a exercer a função de centros de vendas. Nesse sentido, precisariam ser reestruturadas, condicionando sua existência à essa nova função. Os caixas, então, passariam a ser vendedores! Essa nova competência talvez seja a de mais difícil implementação.


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