Conteúdos Associados (Direct)

sábado, 14 de outubro de 2017


Origem: Qual o Futuro e Porque Depende de Nós? Tim O’Reilly, 2017. What’s The Future and Why It’s Up to Us (WTF)? (Tradução do Portal)

Resenhar o livro do Tim é complicado em função do papel importante que ele tem no mercado editorial mundial. Tim se autodenomina evangelista de tecnologia, editor de livros, produtor de conferências e investidor. Nessa posição pode auscultar melhor os anseios do mercado e as aspirações tecnológicas de empresas e pessoas. Nada mais conveniente então que discutir sobre inovações, empresas inovadoras e a repercussão das escolhas tecnológicas sobre as sociedades, principalmente as mais desenvolvidas.

Inicia seu trabalho com uma constatação mórbida: “pesquisadores da universidade de Oxford estimam que em vinte anos, em torno de metade de todas as atividades humanas, incluindo aí àquelas não operacionais, serão realizadas por máquinas”. Agora, com as escolhas tecnológicas que estamos fazendo nesse momento, estamos produzindo mudanças massivas no trabalho, nos negócios, na economia, na vida de todas as pessoas em todos os seus aspectos, e complementa: “estas escolhas estão construindo um mundo que queremos no futuro viver?

Inicia sua resposta construindo uma noção particular de inovações denominadas unicórnios. Não mais se tratam de empreendimentos que simplesmente cresceram muito rapidamente do ponto de vista econômico financeiro. Há outras características que melhor as definem nessa nova perspectiva: primeiro, parecem inacreditáveis e mágicas no início; depois, modificam a maneira como o mundo funciona e as pessoas trabalham; por último, resultam em ecossistemas de novos serviços, empregos, modelos de negócios e indústrias. Até atingir as três características, iniciam em uma fase de deslumbramento, até chegarem ao patamar do ordinário, do comum e ubíquo.

A partir dessa noção particular de unicórnio, observa que a inteligência artificial (AI) é o próximo passo da progressão entre o deslumbramento e o ordinário. Observa o autor que enquanto o termo AI sugere uma inteligência autônoma verdadeira, está ainda sujeita ao direcionamento humano. A descrição da natureza dessa direção e de como deve ser exercida é o objetivo fundamental desse livro.

A título de exemplo, comenta sobre a realidade aumentada. Direciona o argumento pela fala do economista-chefe do Google, Hal Varian, de que seu avô não reconheceria o que ele faz como trabalho. Nessa linha, unicórnios destroem profissões, mas não destroem trabalhos. O trabalho desenvolvido pelos médicos de comunidade em lugares distantes e pobres concretiza a ideia. Pessoas com pouca ou nenhuma formação médica podem ser braços para o atendimento de saúde comunitário via assistência médica remota computadorizada. Criam-se empregos, melhora o atendimento de saúde, indústrias prosperam (algumas ganham muito dinheiro), e forma-se o ecossistema desejado.

Então, finaliza que devemos nos manter indagando o que as novas tecnologias permitirão que façamos agora e que não fazíamos no passado (e isso vale para as tecnologias estabelecidas)? Como elas nos ajudarão a construir a sociedade que queremos viver no futuro? Valeu, Tim!


Nenhum comentário:

Postar um comentário